terça-feira, novembro 14, 2006


Carne e osso

Você é minha cadeia, enjaulado fico preso no seu corpo
Você me caça em suas teias como seu escravo,
Selvagem não me canso
Pra que fugir, me entregar, me entregar é a única saída
Como seu escravo me perdi na sua selva
Meu coração
Meu coração
Preso nessa cela abre as pernas da sua paixão
Meu coração
Meu coração
Preso nessa cela abre as pernas da sua paixão
O mundo anda mal, mas sou eu que não presto
Sou resto de um idéia, de uma outra rebeldia
O povo dessa cela se balança de alegria
Vejo a tristeza se encharcar de euforia
Bamba balança, balança suas rédeas
Querem o meu leite e o suor das minhas tetas
Você me encontrou e fechou todas as portas
Bebe do meu leite e do suor das minhas tetas
Meu coração
Meu coração
Preso nessa cela abre as pernas da sua paixão
Meu coração
Meu coração
Preso nessa cela abre as pernas da sua paixão
Enquanto feras estão soltas, você me tortura a cada carência
A cada violento arranhão
Se pensa que isso é paixão, esqueça...
Certas coisas não se sentem só no coração
Será que alguém entende o meu amor?
Você deve compreender o meu estranho jeito de ser demente
Escravo do seu corpo
Ou então achar esse o meu maior defeito...

Humberto Effe, Luiz Gustavo, Caíca e Abílio Azumbuja

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